Projeto Folclore: Literatura Nordestina

A existência de uma literatura nordestina talvez se deva ao fato de que os críticos de literatura ainda não introjetaram o conceito de diversidade na própria ideia do que é a literatura brasileira. Deve-se também lembrar que os nordestinos a tornaram conhecida menos pelo desejo de fazer existir uma literatura nordestina em si e mais por fazer uso da realidade social e ficcional da região, como atesta a produção dos seus escritores das primeiras décadas do século. Mesmo a poesia, que mais prontamente se ambientou aos moldes do modernismo, o fez à luz dos elementos da cultura regional, quer para contestar o europeismo dos primeiors, quer para afirmar-se como segmento diferenciado na defesa de uma identidade nacional diversa, como se verifica no modernismo-tradicionalista de Gilberto Freyre. A riqueza cultura do nordeste se manifesta para além de suas manifestações folclóricas e populares. A literatura nordestina tem dado enormes contribuições para o cenário literário brasileiro, destacando-se nomes como Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Ariano suassuna e Patativa do Assaré, dentre outros. Há uma vasta e arraigada literatura popular de cordel que remonta ao período colonial e numerosas manifestações artísticas de cunho popular qeu se manifesta oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada. Face ao exposto, é salutar aprofundar na escola o estudo dessa produção cultural com vistas a despertar no aluno o gosto e o sentimento de pertencimento dessa região de tamanha riqueza cultural. Nesse sentido, o COLÉGIO ESTADUAL EDUARDO SILVEIRA desenvolveu, durante os meses de julho e agosto, o PROJETO FOLCLORE voltado para essa temática.